“Ô senhor e dono da casa, está chegando nossa folia. Vem beijar nossa bandeira e escutar a cantoria.”
A Folia de Reis chega de sua longa viagem, caminho protegido pelo divino espírito santo.
Abrem-se as portas e a cantoria abençoa a casa, seja com eira, ou tribeira, seja sem eira, nem beira. A Folia de Reis colore as ruas mineiras com tambores, reco-reco, flauta, rabeca, a tradicional viola caipira e o harmonioso acordeão.
O brilho que se vê primeiro vem das insignias cuidadosamente bordadas com fios dourados e alegres. O estandarte anuncia beleza e devoção. Sob o sol ele é protetor dos errantes. Cai a noite, os palhaços tomam a frente.
De 24 de dezembro a 6 de janeiro os folieiros fazem a peregrinação, o caminho trilhado pelos Reis Magos para saudar o nascimento de Jesus. Junto a eles seguem os soldados de Herodes, enviados para matar a criança. Os palhaços são o mal travestido de alegria, traquinagem e distração. Por isso, só podem entrar nos lares quando retiram as fantasias.
A Folia Estrela do Oriente, do mestre André, foi pioneira quando criou a associação de folieiros e charolas de Juiz de Fora, que chegou a reunir mais de 20 grupos da cidade. Assim, preservando a tradição, inovou também na confecção das máscaras cintilantes para os palhaços.
A Estrela do Oriente encanta, diverte e organiza, com muita cantoria. E depois usufrir do lanche, generosamente ofertado pelos anfitriões, se despede agradecida.
“Fica com Deus, nosso pai, e a proteção do Divino.”
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