Nordeste brasileiro, litoral, Paraíba, Rio Tinto.
História de povoamento indígena, potiguaras, colonizada desde o século XV, predominantemente rural. Intensificação da ocupação no século XX, preservada desde os anos de 1980 pelas ações ambientais que criaram áreas de preservação.
Paisagem e arquitetura apresenta simbiose com o meio ambiente, entretanto com forte penetração de materiais e técnicas de alvenaria modernas: cerâmica, cimento e ferragem.
Muito espaço, muito sol, vento, mar, rio, mangue, coqueiro, mato e algumas casas de taipa.
Conhecer a região foi provocador: construir com barro e fibra, conhecer técnicas e representações, usos, costumes, ritmos e materiais. Os coqueiros são especialmente inspiradores… (“Cantando ciranda na beira do mar” de Siba)
Eis que surge um terreno ao lado de uma casa de taipa, que está sendo substituída por uma construção de tijolo e cimento.
A proposta de construir com barro e fibra, uma casa de taipa, uma palhoça, nem eu mesmo sabia…chegou como algo estranho para a população local, que, aos poucos, substituía as construções num processo considerado como “evolução”: primeiro era a casa de palha, depois de taipa com telha de cerâmica e “enfim” substituídas pelas casas de alvenaria por conta da melhoria do poder aquisitivo:
“Você veio trazer a pobreza de volta, Oswaldo!” – dizia Nau, meu mestre na construção de taipa.
Casa de taipa em Praia de Campina:
Casa de alvenaria em Praia de Campina:
Misto de alvenaria e fibra:
O terreno…
Detalhe: casa de taipa ao lado. Meu vizinho, Bilico, vendeu parte de seu terreno para construir sua casa de alvenaria e poder se mudar da casa de taipa definitivamente em sua vida…
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