Criado na década de 1970, o grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário de Santos Dumont foi fundado por “Seu Bastião Honório”, “Seu Zé Tiago”, “Seu Zé Dário” e “Seu Hermínio”. Regionalmente conhecido, realizava suas apresentações nos arredores da terra do “Pai da Aviação” e atualmente luta para retornar à atividade. São mulheres, homens, crianças e jovens de uma comunidade que dançavam o congo com seus bastões, expressando assim sua devoção a Nossa Senhora do Rosário e relembrando a realidade vivida pelos negros nos tempos de cativeiro.
Divididos em duas fileiras, os componentes do grupo se organizavam em duplas fixas. Batiam os bastões de acordo com o ritmo musical conduzindo o balanço dos corpos. Ora agachados, ora em pé, os congadeiros movidos pelo acordeom, pelo triângulo e pelos tambores, que ritmavam os lindos cantos dedicados a Nossa Senhora do Rosário e a todos os santos, expressavam sua alegria e devoção.
As roupas brancas enfeitadas com fitas de cetim coloridas, o estandarte, que é o mesmo desde sua origem, e os instrumentos utilizados na dança, fazem parte da memória do grupo que, guardados em um pequeno espaço na casa de Zé Imar, registram a história de um povo guerreiro.
A falta de apoio financeiro, do poder público e do setor privado, é uma das principais queixas dos componentes do grupo. Segundo Zé Imar, que faz parte do grupo desde criança quando foi levado pelo seu falecido pai e alguns familiares, essa dificuldade financeira impede que o Congado continue com suas apresentações na região.
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