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CUMBUCA

Destaques

Casa de Taipa

Estou realizando uma série de postagens sobre um projeto experimental de construção de uma casa de taipa.

Trata-se de uma pesquisa em torno da construção sustentável e ecológica que une saber tradicional local, arquitetura popular brasileira e bioarquitetura.

Mas em que local? Lagoa de Praia é uma área de preservação ambiental no município de Rio Tinto/Paraíba. Localizada no litoral norte do estado, situa-se entre o estuário do rio Mamanguape e o litoral, fazendo vizinhança com os lugarejos de Barra de Mamanguape e Praia de Campina. Muito próximo das terras indígenas dos Potiguaras e da área de preservação permanente da Mata de Oiteiro.

Mas a região não é apenas de preservação cultural e ambiental, ao redor encontra-se vasto canavial pertencente a grandes empresas sucro alcooleiras e em algumas áreas de praia uma invasão imobiliária que ameaça a paisagem e o equilíbrio do meio.

Casa de taipa (julho de 2020):

 

Lavanderia e quarto de ferramentas:

 

Lagoa de Praia:

Lagoa de Praia

Falésias de Oiteiro:

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Barra de Mamanguape:

Barra de Mamanguapefoto de Nilton Cézar

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Tiradentes, a primeira inspiração

As construções do século XVIII ainda preservadas nas cidades patrimônio, como Tiradentes, foram as primeiras construções de barro com as quais identifiquei, compreendendo, nos primeiros contatos, sua funcionalidade e complexidade técnica e simbólica. As casas de pedra, adobe e madeira. Casas robustas, climatizadas, arquitetura colonial.

Foto 1: portão de madeira com parede de adobe rebocada e pintada, base de pedra seca, piso de pedra, escada de pedra.

4-Tiradentes

Foto 2: casa em reforma, parede de adobe, base de pedra inteira, escada e piso de pedra.

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Foto 3 e 4: detalhe da robustez da parede de adobe, portada e base.

3-Tiradentes

2-Tiradentes

 

Material: barro, pedra e madeira em abundância na região do século XVIII e XIX. Mão de obra escrava bruta disponível e tração animal.

Técnica: Portuguesa, tijolo cru, pedra cortada, madeira talhada e fechadura de ferro.

Simbolismo: construção antiga e patrimônio nacional. Construções tombadas, protegidas e restauradas.

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Povo Truká, segunda inspiração

Chegando para morar na Paraíba em 2013, fui trabalhar com o povo Truká no sertão de Pernambuco, afim de observar suas experiências sociais e culturais na beira do rio São Francisco e os impactos e as questões que a embocadura do canal da transposição do rio causou entre eles.

Nestas andanças pelo sertão e com meus amigos turkás conheci a casa de taipa. Muito comum no interior, menos do que a um tempo atrás. Muito comum também entre os potiguaras no Litoral Norte da Paraíba.

Trabalhei junto com eles na construção de uma oca para rituais e tive a oportunidade de experimentar pela primeira vez a dinâmica da construção. Da algaroba retirada no mato, a palha para o telhado, o barreado até o ritual religioso que vivemos dentro do espaço construído.

Entre os benefícios compensatórios que receberam, por conta do projeto de transposição das águas do rio, estão diversas casas de alvenaria projetadas pelo governo. Alguns gostam, mas outros se recusam a deixar suas “casas de barro” para morar nas “casas do minha casa minha vida”.

A mudança de moradia, além de uma transformação material, tem um sentido simbólico, para uns significa uma melhoria de vida, para outros um distanciamento da tradição. Todos dois provocam uma transformação consistente no modo de viver.

 

Foto 1- uma casa de taipa bem típica, sem reboco:

1-casa de barro

Foto 2- uma parede sendo feita, apresentando o enxaimel de algaroba, as varas de marmeleiro ou de jurema e o barro:

2-Parede

Foto 3- a oca de taipa e cobertura de palha (praticamente inexistente entre as casas de taipa de hoje):

3-Oca

Foto 4- a oca e o terreiro onde se celebra o ritual sagrado do Toré:

4-Oca

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Tibá, o primeiro passo

Logo que conheci a construção de terra, lá das cidades antigas de Minas Gerais, minha amiga Tereza me apresentou o livro “Manual do arquiteto descalço” de Johan van Lengen. Livro simples, inspirador e que nos lança ao universo da bioarquitetura.
Então, o primeiro passo para um projeto de construção com materiais ecológicos, alternativos e que poderia me remeter ao universo cultural da construção popular brasileira, seria um curso com o mestre em sua casa na Fazenda Tibá, em Bom Jardim, Rio de Janeiro.
Experimentamos técnicas: adobe, pau-a-pique, pilão, rejunte, teto verde, sanitário seco, água cinza.
Experimentamos vivências: do-in, permacultura, agrofloresta, diversidades, amizades e música. Trabalho coletivo e olhar periférico.
O curso aconteceu em junho de 2017 e teve como facilitadores: Johan van Lengen, seu filho Marc, o mexicano Diego Tort e o israelense Cobi Shalev.
A casa inspiradora agora era a construída na fazenda por Peter van Lengen: estrutura de cascage, paredes de adobe, teto verde, portas e janelas de parede. Diversidade de telhados, com telhas cerâmicas e palha, além da grama.
Enfim, uma casa sintonizada com o meio ambiente da mata atlântica da montanha.

Curso de bioarquitetura com Johan na fazenda Tibá:
DCIM100GOPROGOPR0021.Casa de Peter:

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Xaropinho e Águia Branca

Águia Branca é o nome do palhaço que acompanha a Folia de Reis da Serra. Com sua farda de grandes babados e sua máscara de pelúcia ele transforma os intervalos das cantorias de Reis em divertimento para a assistência e para a casa do patrão que recebe o grupo.

 

 

 

Felipe começou em Folia desde menino, cantando de frente, aprendendo com seu tio Nicodemos Medeiros, grande cantador e folião.

Mas ele não se contentou e aprendeu também com seu pai Célio Medeiros, palhaço antigo e muito sabido.

Xaropinho

Nesse dia que registramos a Folia, na Entrega da Bandeira, Célio transformou-se em Xaropinho, relembrando outros tempos de brincadeira e ainda surpreendeu a todos com uma brincadeira ainda mais engraçada mascarando-se de Vovó.

voó 2

 

 

Daí segue a tradição foliã das Minas Gerais das Matas e das Serras de Leopoldina, de pai pra filho.

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Folia das Flores

A história dessa festa começou em 1976, há 39 anos!

Ela acontece todos os anos no município de Rio das Flores, fronteira do estado do Rio de Janeiro com Minas Gerais, bem pertinho de São José das Três Ilhas, no distrito de Manuel Duarte.

 

Seu idealizador, Afonso Silva, nos contou que neste ano de 2014 está comemorando 35 anos de realização, pois, formalmente, ela foi instituída em 1980, quando inauguraram a Casa dos Santos Reis, exatamente no dia 06 de janeiro, dia de Reis. De lá pra cá vem realizando anualmente o que chamam de “Visita dos Santos Reis”. Na concepção do realizador não se trata de um “encontro”, mas da ritualização de “uma visita que Santos Reis faz às casas e as pessoas recebem os Santos Reis no arco, que é a entrada de Belém”.

Afonso

O evento acontece hoje na gruta de Santos Reis em uma praça no vilarejo e geralmente recebe apenas seis grupos, isso porque o ritual se dá de uma maneira completa e não com um tempo controlado de uma apresentação. Essa performance favorece a pesquisadores e visitantes na apreciação de um ritual em sua autenticidade e completude.
A missa, abrindo a festividade, é cheia de elegância e devoção aos Três Reis. Depois realizam um breve cortejo até a gruta, seguindo as visitações dos grupos envolvidos. Destacam-se também a exibição dos palhaços com suas vestimentas coloridas e seus versos engraçados. Detalhe que a gruta teve inspiração na Catedral de Colônia, onde estão os restos mortais dos Três Reis Magos.

meninos
Este ano contou com a presença da Folia de Reis da Mangueira, do Grupo Cantoria Céu na Terra do Rio de Janeiro, além de outras Folias da localidade.
Durante a festa tivemos a oportunidade de encontrar muitos amigos pesquisadores de Juiz de Fora, São Paulo, São Joao D’el Rei e Rio de Janeiro. Fomos agraciados com belas cantorias que trazemos para a apreciação dos que curtem esta Cumbuca. E o fazemos com alegria e gratidão no coração, especialmente a nosso querido amigo e guerreiro Afonso Silva.
Viva Santos Reis!

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O canto dos eixos e a canga da boiada

 

“Prefiro o carro de boi ao automóvel; é mais musical.”
(Carlos Drummond de Andrade )


Os eixos cantantes dos carros de boi oitavados ou torneados ditam as notas do ritmo dos trabalhadores no campo. Mesmo disputando o silêncio do mato com o ruído metálico dos modernos tratores, onde os gigantes de ferro não podem alcançar é a rês de músculos fortes e córneos altivos que transporta a produção.


Nas Palmeiras o eixo oitavado é que faz o “dueto de três vozes”, a alegria do Rochedo, do Coração, do Maranhão, do Sertão ou de qualquer boi que componha a junta. A afinação também é dada pelo peso carregado e pela madeira da qual se faz a peça sonora: sucupira, cabiúna ou garapa. A cada “baque” muda-se a entonação.

Na região, este meio de transporte já carregou muito arroz, mas os poucos camponeses que ainda cultivam a tradição o utilizam, principalmente, para levar capim e cana. Como afirma o Sr. Olímpio, o carro de boi “é do começo do mundo e num acaba não”. Prova vista na festa de São Sebastião, quando se reúnem as juntas e as boiadas mais afinadas.


Assim como os eixos do carro de boi devem estar juntos para soar o som, o trabalho na roça precisa estar afinado com a natureza. O zelo com os animais cria a fidelidade ao carreiro. A junta que dá a medida da vida do trabalhador é a mesma que ele coloca na criação.

Veja aqui a cobertura fotográfica do Encontro de Carros de Boi de Palmeiras, durante a festa de São Sebastião.

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A vinda do povo na Rua

Lendas ancestrais e elementos da natureza desfilam no carnaval da avenida. Ogum “o primeiro orixá a vir para a Terra”, traz seus metais forjados para caça, para agricultura ou para guerra. Oxóssi caçador, garante a fartura de alimentos. Oquê arô! A mãe do entardecer, epa-rei Iansã, mãe batalhadora, assovia os ventos e as tempestades.

O Afoxé é ritmo negro, é dança e reverência à cultura de matriz africana, mas sobretudo é fruto da resistência do povo brasileiro.

Mascarados, eles saíram às ruas da Bahia no dia 2 de fevereiro de 1895, dia de Iemanjá, entoados pelo som de atabaques, agogôs, afoxés e xequerês. A manifestação ficou conhecida inicialmente como candomblé de rua. Os povos do candomblé reivindicavam o direito de estar no carnaval.

Hoje não se usa a máscara para a proteção, mas para representar os Eguns, aqueles que acompanham nosso passos na terra, já que os Orixás não descem às ruas. O Estandarte de cada ano abre alas desvelando o sincretismo. Foi trazido de Portugal, pelos navegadores. E as músicas contam os mitos da religião.

O Afoxé Niza Nganga Njungo, do Banto, “a vinda do povo na rua”, realiza ensaios mensais, temporariamente localizados na casa do Pai Jaques. Apadrinhados pelo grupo Filhos de Gandhi, do Rio de Janeiro, com o patrono Exú Tibiriri Nanã, o Niza toma as avenidas de Juiz de Fora há oito anos, enegrecendo o carnaval da cidade.

No Brasil de imensos preconceitos escondidos sob adereços e rebolados, o Afoxé é mais que rememorar a cultura dos antigos. Os passos ritimados pelo batuque nos pezinhos das crianças são reconhecimento em suas origens, identificação com a história desse povo guerreiro e empoderamento contra os traços europeus e os cabelos lisos da sociedade branca.

Veja mais fotos aqui.

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