A primeira grande descoberta dessa aventura foi conhecer Nau Pescador. Filho de Lagoa de Praia, Nau também é filho de um antigo e conhecido mestre construtor, seu João Marques das Chagas.
De seu pai Nau guardara conhecimento sobre a construção da casa de taipa, tradição antiga local.
Guarda também a lembrança da derrubada da mata para o plantio de cana-de-açúcar, da criação da área de proteção ambiental, da proibição de retirada de madeira do mangue e do que ainda resta da mata, da substituição gradual da casa de palha, para a casa de taipa, para, enfim, a casa de bloco (alvenaria).
A segunda descoberta foi Coronel, um rapaz do lugarejo próximo chamado Saco que tinha uma matinha de Sabiá. Uma madeira resistente e plantada exclusivamente para fazer cerca. Plantada no final dos anos noventa por um casal de ecólogos, Daniele e Vicente, tinha o objetivo de substituir as madeiras de mangue e de mata na construção das casas. Mudas de bambu foram plantadas no terreno de seu Antônio Guiamum para serem usadas como varas, com a mesma finalidade.
E ainda se juntaram à turma: Guedes com a motosserra, Beto e seus rapazes com o caminhão, Neno do Saco com mais sabiá, os construtores João Preto e Zé, e ainda Bilico, Tássia, os meninos… mais tarde Lume, Augusto, e sempre ao meu lado, Luciana e Cauê na cola, claro!
A combinação das estacas de sabiá com as varas de bambu faria a estrutura da casa que seria construída pela orientação de Nau e João seguindo a técnica tradicional local, acrescida de algumas “inovações”…
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