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CUMBUCA

Caxambu

13 de maio em Recreio

Final de semana feliz em Recreio. Depois de mais de 70 anos que não se ouvia bater os tambores do Caxambu nessa cidade, de grande população de descendentes de escravos, voltou a entoar o canto da liberdade no 13 de maio de 2011. 

 

Seo Manoel Moleque, que ouvia caxambu quando criança, ainda lembra de pontos antigos cantados pelos avós lá em Conceição da Boa Vista. 

 

Na festa do dia 13 de maio de 2011 engrossaram o coro o Caxambu de Miracema com Dona Aparecida Ratinho e seo neto Rogério, que trabalhou com muita garra para fazer esse evento acontecer. O Boi Pintadinho do grupo Cara da Rua, também de Miracema, o Caxambu de Santo Antônio de Pádua com o mestre Nico, a Capoeira de Aperibé e os jovens pagodeiros de Miracema. 

 

“Segundo o depoimento de sr. José Andrade, dona Taizinha (i.m.), dona Edir Rodrigo, dona Neuza Germello e dona Maria Alves ‘Mariquinha’, as danças de Caxambu eram comuns durante outras datas, até mesmo na zona rural e nos distritos, mas era no dia 13 de maio que acontecia a roda de Caxambu com maior número de pessoas.” (fonte: Jornal Pólis) 

 

Seo Milton, hoje com 75 anos, disse que sempre acompanhava sua avó nas rodas em Conceição da Boa Vista (distrito de Recreio). A última roda que presenciou foi quando tinha por volta de 6 ou 7 anos.
Foram muitos anos de ausência, mas agora o Caxambu de Recreio está de volta e com muita força. Graças à Cicinha, grande batalhadora, que há anos vem acreditando nesse resgate. 


E viva a liberdade!


E o Caxambu de Carangola, liderado por Maria Nossa, fechou a festa e deixou saudade!

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Encontro de Piquete – Caxambu

Jongueirinhos

Força africana, baiana, mineira, paulista, carioca, dos cantos mais espalhados do Brasil, ela se manifesta nesse Encontro, que reverencia os velhos, a cultura herdada dos antepassados, e ao mesmo tempo se renova na energia e vivacidade dos novos conclamando aos presentes: Batam palma e abram roda, vem dançar você também… e é impossível não atender a esse chamado.
Em todo o momento lições de fraternidade, respeito, amizade são ensinadas sutilmente, pra quem tem olhos pra ver,ouvidos pra ouvir e pés pra dançar.Numa palavra simples, num olhar trocado, num almoço compartilhado vão se fortalecendo elos que existem não só pela alegria do momento presente, mas que vão muito além do tempo e do espaço. Representam esses elos a ligação com a Mãe África, com os que já se foram, os ancestrais, e com os que ainda virão.Em meio à giros de saia, batidos de mãos, pés e atabaques, onde preto dança com branco, novo com ancião, avó com neto, celebram a história viva de nossa cultura.


Fotos

Mestre Gil – Anfitrião e Caxambuzeiro

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Boi de Marafunda

É do couro do boi que é feita sua própria prisão. É de pele escrava a origem do Caxambu tocado pelo Geraldo Navalha e pelo Ademar. E dessa prisão, que é a mesma que sustenta o corpo, vem todas as influências da roda. O caxambuzeiro faz seus versos daquilo que vive, que vê, que sente, do que se identifica. O ponto vem da fazenda, do cultivo da cana de açúcar, do gado, do carro de boi. O ponto nasce debaixo da árvore, num jogo em que o tocador de boi transforma seu cotidiano numa poesia primitiva, de linguagem própria cheia de entrelinhas, desafios e demandas. É do barril de cachaça que produzem na fazenda, revestido com o couro, o atabaque ou caxambu que puxa os primeiros batuques na noite em que a roda é montada.
Então são vários caxambuzeiros batendo a mão rápida e atentos ao verso que foi jogado. Ao fim do ponto, quem souber responde e puxa outro pra roda. Nessa demanda a roda vira mágica e a fazenda responde pelo caxambuzeiro. Puxado pelo lado entra o boi, entra o olho do caxambuzeiro, entra o carro que tombou e agora o dono quer conta da chaveia. E a chaveia está ali mesmo, dentro do próximo batuque e no próximo verso puxado, que prende o carro e não deixa a festa desandar. E, no fim, não importa quem fez os melhores versos ou quem se enroscou no meio do caminho, mas o que foi aprendido na roda. Não, não há vencedores, mas aprendizes.
A semente do Caxambu está nesse caldeirão de informações e magia que é o cotidiano do caxambuzeiro. O Caxambu está ali, no olho esperto de pessoas como Geraldo e Ademar, que observam e criam a festa na roda e também no olho do boi, que puxa o carro, que recebe o chicote, que carrega a comida, que fornece a vida para nosso sustento, que é preso pelo próprio couro.
Para saber mais:
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Caxambu de Miracema

“Boa noite povo, como vai e como está?
Boa noite povo, como vai e como está?”
Estendendo nossa pesquisa para além da Zona da Mata Mineira, encontramos na região Noroeste Fluminense um importante folguedo numa cidadezinha, Miracema. É de lá que Dona Aparecida Ratinho e seu neto Rogério tocam seu Caxambu.
“Quem quiser pode vir, pode vir. Pra proteger Iorubá, Iorubá
Hoje a terra vai tremer, ô se vai tremer, quando o jongueiro chegar”

“Quero ver quem dirruba o pau, sem mexer com a minha família
Quero ver quem dirruba o pau, sem mexer com a minha família”
Ao som de atabaques, a caxambuzeira Dona Aparecida vai puxando os pontos. Estes são versos inventados na hora, passados pelos ancestrais ou criados nas novas gerações, que vão se transformando em músicas animadas e por vezes engraçadas, com o refrão sendo repetido com muita festa pela massa.
“Ai se urubu fosse galinha, quantos urubus ce tinha?
Se urubu fosse galinha, quantos urubus ce tinha?

“Oi abre a roda muié, é que homem não sabe rodá
Oi abre a roda muié, é que homem não sabe rodá”
O povo se forma numa grande roda e vão dançando, cantando e batendo palmas em volta do jongueiro que está cantando o ponto e dançando com quem se anima a entrar na roda.
“Adeus, adeus, adeus já vou me embora

Fica com Deus, vamo com Nossa Senhora…”

Encontros de Jongueiros e Caxambuzeiros

Os Encontros de Jongueiros e Caxambuzeiros tiveram início pela iniciativa do professor Hélio Machado, da UFF (Universidade Federal Fluminense) da cidade de Santo Antônio de Pádua/RJ em 1996.
Naquela época reuniram apenas o Caxambu de Miracema e o de Pádua.
O segundo encontro foi realizado em Miracema e o III em Pádua novamente. A dimensão era reduzida, mas já recebia visitantes de fora, ganhando visibilidade. Então, em 1999 oraganizaram o IV Encontro nos Arcos da Lapa no centro da cidade do Rio de Janeiro, contando com a participação de outras comunidades do estado e ganhando assim uma dimensão maior.
Os jongueiros se organizaram em uma “Rede da Memória do Jongo e do Caxambu”, se articularam com produtores e artistas e conseguiram patrocínio de empresas privadas e estatais. Em 2005 a manifestação ganhou o título de Patrimônio Cultural Brasileiro, concedido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Em 2008 fizeram o XII Encontro de Jongueiros e Caxambuzeiros em Piquete/SP e organizaram o Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu.
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Caxambu de Patrocínio

Patrocínio de Muriaé é uma cidadezinha perto de Muriaé com aproximadamente 5 mil habitantes. Em um bairro rural, Sapucaia, mora Geraldo Navalha, caxambuzeiro velho, mas também palhaço de Folia de Reis, brincante de Boi Pintadinho, benzedor de pasto, médium espírita, vidente e curandeiro. 
Com pouco mais de 70 anos, seo Geraldo se diz mesmo é caxambuzeiro. Nasceu em Espera Feliz, mas foi conhecer o Caxambu em Caiana, com seo Totonho Vitorino. Depois em Tombos, com seo Liberato e dona Maria Juvená.
Em Patrocínio conheceu dona Emília, famosa na cidade e na vizinhança:
“Encontrei essa senhora batendo em uma pracinha, em uma esquina e eu quis entrar, mas quando eu entrei ela mandô chamá dois polícia para me tirar da festa que ela estava. Eu, conversando com o policial falei para ele:
_Se essa moça… não tem um bom assento, não pegasse, então, porque eu vou entrá nessa briga até amanhã… Aí o policial falou com a senhora, negra, de bem anos, e ela tava com o pessoal dela, com os caxambuzeiros dela… Ela foi lá e chamou assim, um menino, joão bobo, perto dela…
_Vai comportar como um bom rapaiz?
Acompanhei ela muitos anos. Ela tava em cima de uma cama, aí ela mandou me chamar, eu fui, ela estava em cima de uma cama pra morrer, entre a vida e a morte e virou e disse:
_Fica com meus toco de pau! E carrega meus compromisso todo pra você, única pessoa com coragem.
Esse é o sonho que eu tinha na vida e mais nada. E esse sonho aqui (indicou batendo nas caixas). Eu acho que só Deus me tira esse sonho aqui. Enquanto vida eu tivé…”.
O Caxambu de seo Geraldo muitos anos acompanhado de sua irmã (já falecida) e depois de sua esposa e outros companheiros como Jorge Pratinha e Ademar. Durante muitos anos animaram a festa junina tradicional da Fazenda Ipiranga em Sapucaia.

Veja mais:
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Caxambu de Miracema

Miracema é uma pequena cidade no Noroeste Fluminense, vizinha da Zona da Mata Mineira. Região que teve grandes fazendas de café no século XIX. Dessas fazendas surgiram os batuques feitos pelos africanos escravisados que mais tarde deram o nome de Caxambu.
O grupo que existe hoje em Miracema é um dos mais ativos da região. Conta atualmente com mais de 90 componentes, entre adultos e crianças.
A liderança maior do Caxambu de Miracema é dona Aparecida Ratinho, nascida na cidade de Barão de Monte Alto, Minas Gerais, e criada em Miracema. Seu neto Rogério também se destaca com um forte trabalho com os jovens e as crianças do bairro onde moram, o Alto do Cruzeiro.
Além do Caxambu, que dona Ratinho pratica desde jovem e que aprendeu, junto com os trabalhos do Centro de Umbanda com sua avó,  também têm uma Folia de Reis Mirim, o Boi Pintadinho com o Bate Pau, a Escola de Samba e a Festa do Divino.
O Caxambu bate tradicionalmente no dia 13 de maio, dia de São Benedito e dos Pretos-velhos, mas também se aresenta em outras festas na cidade e na região.
Hoje em dia fazem parte da “Rede de Memória do Jongo e do Caxambu” e do “Pontão de Cultura do Jongo e do Caxambu”, o que projeta a comunidade para além de seu território, tecendo uma rede de relações com outras comunidades que ainda praticam o Caxambu e o Jongo.

Para saber mais:
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