Sebastião Tavares Pires, o Tuquinha , mestre cantador da Folia da Serra, partiu antes do combinado. Foi cantar na folia do céu junto de seu pai, Seu Nacionil e seu irmão Helinho. Folião dos bons, Tuquinha gostava de um dedo prosa e de contar histórias de sua família. Através de seus brilhantes olhos azuis podia ser notada a sabedoria do homem do campo, e seu conhecimento profundo das histórias da folia. Suas palavras, esculpidas com a maestria de folião carpinteiro que era, revelavam a união existente em sua família e a devoção dos seus à Folia de Reis. Ouvir seus casos e deixar-se envolver por eles é como entrar num mundo encantado. Neste encantamento, bichos e homens vivem em sintonia, e a fé é que rege o caminhar por este mundo. Como bem ensinou Seo Nacionil: “tem que ter fé! Se não tiver fé, nada vale de nada”. Há muitos e muitos anos, no meio de seus companheiros, em contato permanente com a natureza, segue assim a história da Folia da Serra, em adoração ao menino Jesus, com amor à família e muita fé nos Três Reis do Oriente!
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