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CUMBUCA

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A mesa e o pão / O couro e a corda

Mesa

Na Folia da Serra, um momento muito importante e esperado por todos é o da Mesa. Neste momento ritual, a folia canta “trechos” inspirados na passagem bíblica da Santa Ceia celebrada por Jesus e seus discípulos. A dona da casa que recebe a folia, numa representação deste momento, prepara sua Mesa com pão, vinho, peixe e uma imagem figurativa da Santa Ceia.

A folia, conduzida pelo toque da sanfona, do triângulo e pelos instrumentos de couro (pandeiro, caixa e bumbo) e de corda (viola, violões e cavaquinho) vai aos poucos preenchendo musicalmente o ambiente com sua sonoridade peculiar. Cada folião exerce sua função específica dentro do evento sonoro. Aos cantadores, cabe o capricho no cantar, expressando vocalmente todo o sentimento de fé e adoração contidos nos “trechos de Reis”.

Dentro dessa paisagem sonora o toque de cada instrumento tem sua importância e deve ser preciso para garantir um bom desempenho da folia. Do triângulo (primeiro instrumento a ser tocado pelos foliões ao ingressarem na folia) à sanfona (instrumento solista que conduz as “toadas” da folia), todos são respeitados como partes fundamentais para que a performance da folia seja realizada a contento.

Durante o momento da Mesa, após a folia cantar “trechos de Mesa”, todos “comungam” do pão e do vinho oferecido pela dona da casa rememorando o gesto realizado durante a Santa Ceia. Assim, de forma integrada, asseguram a harmonia da folia e a união das famílias que partilham de seus momentos sagrados.

 

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Tuquinha

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Sebastião Tavares Pires, o Tuquinha , mestre cantador da Folia da Serra, partiu antes do combinado. Foi cantar na folia do céu junto de seu pai, Seu Nacionil e seu irmão Helinho. Folião dos bons, Tuquinha gostava de um dedo prosa e de contar histórias de sua família. Através de seus brilhantes olhos azuis podia ser notada a sabedoria do homem do campo, e seu conhecimento profundo das histórias da folia. Suas palavras, esculpidas com a maestria de folião carpinteiro que era, revelavam a união existente em sua família e a devoção dos seus à Folia de Reis.  Ouvir seus casos e deixar-se envolver por eles é como entrar num mundo encantado. Neste encantamento, bichos e homens vivem em sintonia, e a fé é que rege o caminhar por este mundo. Como bem ensinou Seo Nacionil: “tem que ter fé! Se não tiver fé, nada vale de nada”. Há muitos e muitos anos, no meio de seus companheiros, em contato permanente com a natureza, segue assim a história da Folia da Serra, em adoração ao menino Jesus, com amor à família e muita fé nos Três Reis do Oriente!

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Xaropinho e Águia Branca

Águia Branca é o nome do palhaço que acompanha a Folia de Reis da Serra. Com sua farda de grandes babados e sua máscara de pelúcia ele transforma os intervalos das cantorias de Reis em divertimento para a assistência e para a casa do patrão que recebe o grupo.

 

 

 

Felipe começou em Folia desde menino, cantando de frente, aprendendo com seu tio Nicodemos Medeiros, grande cantador e folião.

Mas ele não se contentou e aprendeu também com seu pai Célio Medeiros, palhaço antigo e muito sabido.

Xaropinho

Nesse dia que registramos a Folia, na Entrega da Bandeira, Célio transformou-se em Xaropinho, relembrando outros tempos de brincadeira e ainda surpreendeu a todos com uma brincadeira ainda mais engraçada mascarando-se de Vovó.

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Daí segue a tradição foliã das Minas Gerais das Matas e das Serras de Leopoldina, de pai pra filho.

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Folia das Flores

A história dessa festa começou em 1976, há 39 anos!

Ela acontece todos os anos no município de Rio das Flores, fronteira do estado do Rio de Janeiro com Minas Gerais, bem pertinho de São José das Três Ilhas, no distrito de Manuel Duarte.

 

Seu idealizador, Afonso Silva, nos contou que neste ano de 2014 está comemorando 35 anos de realização, pois, formalmente, ela foi instituída em 1980, quando inauguraram a Casa dos Santos Reis, exatamente no dia 06 de janeiro, dia de Reis. De lá pra cá vem realizando anualmente o que chamam de “Visita dos Santos Reis”. Na concepção do realizador não se trata de um “encontro”, mas da ritualização de “uma visita que Santos Reis faz às casas e as pessoas recebem os Santos Reis no arco, que é a entrada de Belém”.

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O evento acontece hoje na gruta de Santos Reis em uma praça no vilarejo e geralmente recebe apenas seis grupos, isso porque o ritual se dá de uma maneira completa e não com um tempo controlado de uma apresentação. Essa performance favorece a pesquisadores e visitantes na apreciação de um ritual em sua autenticidade e completude.
A missa, abrindo a festividade, é cheia de elegância e devoção aos Três Reis. Depois realizam um breve cortejo até a gruta, seguindo as visitações dos grupos envolvidos. Destacam-se também a exibição dos palhaços com suas vestimentas coloridas e seus versos engraçados. Detalhe que a gruta teve inspiração na Catedral de Colônia, onde estão os restos mortais dos Três Reis Magos.

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Este ano contou com a presença da Folia de Reis da Mangueira, do Grupo Cantoria Céu na Terra do Rio de Janeiro, além de outras Folias da localidade.
Durante a festa tivemos a oportunidade de encontrar muitos amigos pesquisadores de Juiz de Fora, São Paulo, São Joao D’el Rei e Rio de Janeiro. Fomos agraciados com belas cantorias que trazemos para a apreciação dos que curtem esta Cumbuca. E o fazemos com alegria e gratidão no coração, especialmente a nosso querido amigo e guerreiro Afonso Silva.
Viva Santos Reis!

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Mineiro Pau do Arrasta Couro

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“Um dos maiores Mineiro Pau da Zona da Mata era esse aqui. Já tivemos até 40 componentes, já tivemos aquela mulinha.”

Anuncia Sebastião Eugênio com sua empolgação pelo brinquedo que não deixam acabar.

 

 

O Mineiro Pau, tradição de muita força na Zona da Mata desde tempos mais antigos, hoje ainda está presente em algumas cidades como Cataguases, com Seu Zico, Itamarati com dona Sebastiana, Recreio com Cicinha, Barão de Monte Alto entre outras.

“E nós tinha um em Recreio que também era bastante possante. Inclusive dava até força pro nosso aqui. Quando um ficava mei … tinha que fazer uma apresentação, o outro ia e ajudava. Mas era do Augusto Carvalho, hoje na verdade ele está com a Cicinha.”

No dia em que estivemos lá no Arrasta Couro, zona rural de Leopoldina, perto das Palmeiras, logo após o Festival de Folias de Reis, a turma do Arrasta se reuniu para nos mostrar um pouco do seu trabalho com o folguedo na comunidade. Foi uma festa à altura das comemorações afromineiras e rurais, com direito a feijoada com farofa, couve picadinha e uma da boa, acompanhando o batuque que teve suas origens em tempos de escravidão. Certamente o Mineiro Pau, junto com o caxambu, maracatu, coco e outras rodas de samba foram palco de comemoração da liberdade.

“Eu posso ajudar, mas não posso ser mais o testa de ferro”

Sebastião Eugênio ainda atua na liderança local, mas passa a bola pra João Sabino, Antônio Carlos Alves, o Concá e dona Helenice. E não apenas pra eles, mas pra todos que participam ativamente da vida coletiva naquelas paragens, fazendo Folias de Reis, Mineiro Pau, Cavalgadas, Carros de Boi, Carnaval, Festas de Santo, futebol e tantas outras desculpas para se reunir e celebrar a cultura e a vida coletiva.

Foi noite de nossa despedida da comunidade e como diziam os versos:

“Eu vou com saudade sua

Quando sair eu vou chorar

Mas chora mineiro pau

Mineiro pau, mineiro pau”

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O canto dos eixos e a canga da boiada

 

“Prefiro o carro de boi ao automóvel; é mais musical.”
(Carlos Drummond de Andrade )


Os eixos cantantes dos carros de boi oitavados ou torneados ditam as notas do ritmo dos trabalhadores no campo. Mesmo disputando o silêncio do mato com o ruído metálico dos modernos tratores, onde os gigantes de ferro não podem alcançar é a rês de músculos fortes e córneos altivos que transporta a produção.


Nas Palmeiras o eixo oitavado é que faz o “dueto de três vozes”, a alegria do Rochedo, do Coração, do Maranhão, do Sertão ou de qualquer boi que componha a junta. A afinação também é dada pelo peso carregado e pela madeira da qual se faz a peça sonora: sucupira, cabiúna ou garapa. A cada “baque” muda-se a entonação.

Na região, este meio de transporte já carregou muito arroz, mas os poucos camponeses que ainda cultivam a tradição o utilizam, principalmente, para levar capim e cana. Como afirma o Sr. Olímpio, o carro de boi “é do começo do mundo e num acaba não”. Prova vista na festa de São Sebastião, quando se reúnem as juntas e as boiadas mais afinadas.


Assim como os eixos do carro de boi devem estar juntos para soar o som, o trabalho na roça precisa estar afinado com a natureza. O zelo com os animais cria a fidelidade ao carreiro. A junta que dá a medida da vida do trabalhador é a mesma que ele coloca na criação.

Veja aqui a cobertura fotográfica do Encontro de Carros de Boi de Palmeiras, durante a festa de São Sebastião.

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O Reinado de Seu Zinho

“Benedito Santo

De Jesus querido

Valha-me Deus

Que eu tenho sofrido”

Clara Nunes, Congada

“Eu agradeço muito os jovens que faz essas entrevista e ajudam a gente a lutar com esses… se não, já tinha acabado tudo.  Tinha acabado tudo.”

Sentencia  o Rei Congo José Raimundo Soares Neto, Mestre Zinho, sobre o Congado de Nossa Senhora do Rosário de Ubá, enquanto rememora as primeiras orações e os primeiros ensaios realizados no morro das três porteiras, conduzidos sob a sombra de uma árvore por seu tio Miguel.

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“Quantos já não foi do congado? Quantos já subiu? Quedê pra substituir eles?”

Assim como ele um dia recebeu o cetro de Rei Congo, quando tinha apenas 15 anos. Se aproximou da beirada do leito de morte do antigo Rei-Congo e ouviu o último pedido: “Estou contando meus minutos, mas eu quero que você e a Mariazinha continua com o congado.”

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Diante do desejo derradeiro do rei, a função virou ordem e hoje seu Zinho procura um sucessor: “Porque tinha que ter o jovem, pra ter aquela força pra manter o congado.”

A origem da tradição no estado está entre as minas de ouro, onde os escravos trocavam o sangue e o suor pelo amarelo ouro garimpado na terra, desde 1711.

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O congado ecoa há séculos, contado e cantado pelos ancestrais aos jovens. A vida de São Benedito, o encontro de Nossa Senhora do Rosário emergida das águas e a luta de Carlos Magno contra as invasões mouras são desenhadas através de cores e batuques da África, sincretizados às catequeses jesuítas. E é a força de Deus e de Nossa Senhora do Rosário que garante a renovação da corte.

 (Referências das informações contidas no texto: Wikipédia e Prefeitura de Ubá)

 

Confira a cobertura fotográfica.

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Divina Estrela do Oriente

“Ô senhor e dono da casa, está chegando nossa folia. Vem beijar nossa bandeira e escutar a cantoria.”

A Folia de Reis chega de sua longa viagem, caminho protegido pelo divino espírito santo.

Abrem-se as portas e a cantoria abençoa a casa, seja com eira, ou tribeira, seja sem eira, nem beira. A Folia de Reis colore as ruas mineiras com tambores, reco-reco, flauta, rabeca, a tradicional viola caipira e o harmonioso acordeão.

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O brilho que se vê primeiro vem das insignias cuidadosamente bordadas com fios dourados e alegres. O estandarte anuncia beleza e devoção. Sob o sol ele é protetor dos errantes. Cai a noite, os palhaços tomam a frente.

De 24 de dezembro a 6 de janeiro os folieiros fazem a peregrinação, o caminho trilhado pelos Reis Magos para saudar o nascimento de Jesus. Junto a eles seguem os soldados de Herodes, enviados para matar a criança. Os palhaços são o mal travestido de alegria, traquinagem e distração. Por isso, só podem entrar nos lares quando retiram as fantasias.

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A Folia Estrela do Oriente, do mestre André, foi pioneira quando criou a associação de folieiros e charolas de Juiz de Fora, que chegou a reunir mais de 20 grupos da cidade. Assim, preservando a tradição, inovou também na confecção das máscaras cintilantes para os palhaços.

A Estrela do Oriente encanta, diverte e organiza, com muita cantoria. E depois usufrir do lanche, generosamente ofertado pelos anfitriões, se despede agradecida.

“Fica com Deus, nosso pai, e a proteção do Divino.”

Veja aqui o álbum de fotos completo.

 

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IV ENCONTRO DE TRADIÇÕES MINEIRAS

 

 

O VI Encontro de Tradições Mineiras, o V Fórum de Culturas Populares e o XXXII Festival de Folias de Reis das Palmeiras estão em parceria neste início de 2014. Entre os dias 18 e 20 de janeiro as Palmeiras, distrito rural de Leopoldina, estará em festa.

Na programação:

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Lembrando que o VI Encontro de Tradições Mineiras e o V Fórum de Culturas populares é uma realização da Associação Cultural Sons da Mata, e tem o patrocínio do Fundo Estadual de Cultura do Estado de Minas Gerais. Nossa parceria com o XXXII Festival de Folias de Reis, realizado tradicionalmente pela comunidade das Palmeiras e pela diretoria do CAC, é resultado da solidificação de uma amizade em prol da nossa cultura popular tradicional da Zona da Mata e de Leopoldina.

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Abiku Axé

Abiku Axé Milho, mandioca, feijão fradinho, amendoim nas mãos de mãe África viraram rituais. Nas mãos das pretas velhas, alimento da resistência negra. Angu, pipoca, canjica, manjar, paçoca, mingau, farofa, acarajé, abará. Iguarias que nasceram na senzala, para agrado das entidades protetoras, alimentaram filhos de santos e filhos de muita casa grande.

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O candomblé, religiosidade encurralada entre crucifixos, é palavra e invenção brasileira. Tão brasileira que mesmo cristãos mais fervorosos têm conhecimento de mandingas, simpatias e almoçam alguns desses pratos diariamente, sem saber de sua origem. Pai Jaques, que nos explica sobre a culinária dos santos, nasceu no interior Bahia. Filho de abiku, foram as mãos de Iansã, recebida na matéria da parteira, que retiraram a criança com vida do parto complicado. Resistiu aos 7 dias, aos 7 meses e aos 7 anos. Assim, diz a crença, se não morreu cedo, será vida longa com a força da morte.

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Depois de rodar o Brasil, com 50 anos de feitura zelado por Obaluaê, ele assentou seu terreiro em Juiz de Fora. Casa de caboclo e de boiadeiro, nos dias de função frequentam o Caboclo Pedra Preta, Caboclo Guarani, Caboclo Laje, Caboclo Laje Grande, Caboclo Sultão das Matas e Seu Boiadeiro, moradores da Aldeia Lírio do Céu.

Confira o Album Completo de Fotos

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